O bom controlo glicémico da pessoa com diabetes tipo 1 passa por saber gerir bem a sua insulina.
A insulina rápida pode, e deve ser usada, em contexto de alimentação – bolus para alimentação – e em contexto de correção de uma hiperglicemia (nível de glicemia alta) – bolus de correção.
Então o que são estes 2 conceitos?
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Bolus para Alimentação
é a dose de insulina rápida necessária para cobrir a quantidade de hidratos de carbono da refeição.
Este bolus para alimentação vai depender do rácio insulina-hidrato de carbono de cada pessoa, e pode variar ao longo do dia.
Rácio insulina-hidrato de carbono é a quantidade de HC que 1 Un de insulina rápida consegue cobrir.
Para calcular o bolus de insulina para alimentação:
quantidade total de HC da refeição / rácio insulina-hidrato de carbono
Exemplo:
A Maria vai comer ao pequeno-almoço 1 pão de centeio com 24g HC. O rácio insulina-hidrato de carbono (definida pelo médico) é de 1Un de insulina rápida para 12g de HC.
Assim, segundo a equação anterior, 24/12=2Un de insulina rápida.
A Maria vai necessitar de 2Un de insulina rápida SÓ para o pão de centeio do pequeno-almoço.
Bolus de Correção
é a dose de insulina rápida necessária para corrigir a glicemia e trazê-la de volta para a meta glicémica (normalmente para o valor de 100).
Este bolus de correção vai depender do fator de sensibilidade de cada pessoa, definido pelo médico.
Fator de sensibilidade é quantos pontos da glicemia 1 Un de insulina rápida consegue baixar.
Para calcular o bolus de insulina de correção:
(glicemia atual – meta glicémica) / fator de sensibilidade
Exemplo:
Antes da refeição a Maria está com a glicemia a 200. O fator de sensibilidade dela é de 1Un de insulina rápida baixa-lhe 50 pontos na sua glicemia.
Assim, segundo a equação anterior, (200-100)/50=2Un de insulina rápida.
A Maria vai necessitar de 2Un de insulina rápida SÓ para trazer a sua glicemia para a meta de 100.
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Saudações vitaminadas!
Lucília Duarte